quarta-feira, 7 de maio de 2008

Casos Isabella

Por Caio Pascoal e Rodrigo Pimentel

Às 23h30 do dia 29 de março desse ano, Isabella Nardoni cai do sexto andar sobre o gramado em frente ao prédio. A menina chega a ser socorrida, mas morre pouco depois. Desde o acontecimento peritos investigam o local do acidente e apontam o pai, Alexandre Nardoni e a madrasta, Ana Carolina Jatobá, como principais suspeitos do crime.O pai e madastra já foram indiciados, depois de prestarem depoimento no dia 18 de abril, sexta-feira, aniversário de Isabella.

CASO Isabella Nardoni: Veja passo a passo
http://g1.globo.com/Noticias/SaoPaulo/0,,MUL386739-5605,00-VEJA+A+CRONOLOGIA+DO+CASO+ISABELLA.html

O Caso Isabela, como foi intutulado, comoveu o país e todos clamam por justiça, pois a inocência de uma criança foi interronpida. Nós perguntamos: Porque?...Como alguem pode ter a coragem de fazer isso com uma criança? Mas o que não paramos para pensar é: quantas Isabellas morrem no mundo vítimas de seres que não são dignos de serem considerados "gente".

"A imprensa tem sido, de certa forma, cuidadosa ao abordar o caso Isabella. A Rede Globo e a Folha de S.Paulo especialmente reforçaram que não se poderia tirar conclusões precipitadas sobre os acusados afinal os mesmo ainda não tinham sido julgados e condenados."

Cristina Luckner, Jornalista do Grupo Abril

"Tenho a plena certeza que os envolvidos na morte de Isabela são: o pai e a madrasta, sem sombra de dúvida. Agiram com extrema frieza e desamor. Calcularam extamente o que estavam fazendo, o que diriam à Policia e isso me deixa cada vez mais perplexa de acordo com o avanço das investigações. Sou mãe de uma menina de 9 anos, que julgo ser minha vida, e posso dizer sobretudo que por motivos banais, seja ciúmes conforme já mencionado, um sentimentio mediocre, que só leva a ter esse tipo de comportamento, foi o que levou a cometerem essa bárbarie. Como mãe que sou, só tenho a dizer que sinto pelas pessoas que realmente amavam esse anjo chamado "Isabella" , pois não terão mais a presença e os ensinamentos dessa criança, muitos são os que se enganam quando dizem não aprenderem com as crianças."

IVETE NÉRES OCAMPOS, Contato (Merchandising), Grupo Silvio Santos - SBT

Criminalidade em São Paulo

A Criminalidade em São Paulo


São Paulo, a maior metrópole da América Latina, com mais de 16 milhões de habitantes vive hoje refém da criminalidade. A mesma cidade que esbanja riqueza e poder, sofre com a desigualdade e com o aumento incontestável da violência nos últimos anos.
Pode-se dizer que o paulistano vive amedrontado com tantas ocorrências noticiadas no dia-a-dia. A cidade é literalmente dominada por gangues e facções que executam suas leis sem temor algum pelas autoridades de segurança e muito menos, sem qualquer respeito pela população que é a grande prejudicada pelos atos criminosos. Por mais que a polícia realize operações ostensivas no combate a criminalidade em São Paulo, o medo e o pavor já tomaram conta de todos e na grande maioria das vezes, torna as pessoas descrentes de qualquer mudança a curto prazo.
Muito se fala na revisão de algumas leis que tratam os criminosos como pessoas comuns da sociedade. É claro que poderia haver leis mais severas para certos crimes, e já é comprovado que em outros lugares onde a lei é aplicada duramente contra os criminosos, houve grande redução no índice de criminalidade local. Porém, existem outros pontos a serem analisados, antes de dizer que a lei penal do Brasil é o único problema que gera o aumento da criminalidade.
Como a violência é um assunto de questão social, não podemos deixar de ressaltar alguns itens que são favoráveis e contribuem para o aumento da violência, como emprego e educação. É muito vago só dizer que a falta de emprego e educação é um agravante da violência, porém, não é errado já que a falta de emprego e a falta de uma educação acessível a todos também é um dos principais problemas da cidade.
A única forma de reduzir o alto índice de violência em São Paulo, é um trabalho conjunto de todas as frentes até então citadas. Uma cidade que oferece educação de qualidade e acessível para todas as classes sociais e oferece oportunidades de emprego que visam o crescimento dos profissionais, além do apoio ao jovem no seu primeiro emprego, em parceira com uma polícia bem preparada, a tendência é uma significativa melhora na qualidade de vida e conseqüentemente uma redução na criminalidade.


Por Thiago Custódio Coquelet
Fotos: Carlos Alegrini

Jornalismo Policial

Jornalismo Policial

O Jornalismo Policial possui a especialização da profissão jornalística nos fatos criminais, judiciais, de segurança publica, do sistema penitenciário e em investigações policiais.
Por muitas vezes lidar com crimes e criminosos, às vezes de alta periculosidade, o jornalismo policia é considerado de alto risco para os profissionais, principalmente para os repórteres que se expõe nas ruas.

Foi por meio de jornais sensacionalistas, na Inglaterra e Estados Unidos, por volta do século XIX, que surgiram as primeiras coberturas policiais.
A principal característica do Jornalismo Policia, é sem dúvida, o sensacionalismo, pois é com isso que muitos conseguem se tornar líderes de vendagem e audiência, usando de uma manchete extraordinária para chamar a atenção. No Brasil podemos dar destaque para programas como Cidade Alerta (Rede Record), Brasil Urgente (TV Bandeirantes) e Linha Direta (TV Globo), e para o antigo jornal Notícias Populares, de São Paulo. Dentro deste segmento temos destaque para repórteres como: Gil Gomes, Marcelo Resende, Caco Barcellos, José Luiz Datena e o falecido, Tim Lopes.

Funções no Jornalismo Policial

Uma função que existe dentro do Jornalismo Policial em diversas redações de jornais é do ‘apurador’ ou ‘escuta’. Trata-se de um repórter que possui aparelhos de escuta radiofônica sintonizados nas freqüências utilizadas pela polícia, bombeiros ou defesa civil. Quando ouvem um fato que pode virar uma interessante notícia, eles confirmam a informação via telefone com autoridades responsáveis e comunicam a seus chefes, e caso seja necessário, mandam um repórter até o local.

Existe uma técnica conhecida como “ronda” que acontece em dias e horários mais calmos, onde os apuradores telefonam para delegacias e batalhões de polícia em busca de notícias e novidades.

Existe ainda os ‘setoristas’, que são os repórteres que fazem plantão em delegacias. Porém nos últimos anos o número de setoristas diminuiu bastante devido as novas tecnologias que permitem a apuração à distância e em tempo real.


"O jornalista policial cuida da apuração dos fatos criminais, judiciais, de segurança pública, do sistema penitenciário e de investigações policiais. Por estar em contato com esse tipo de cobertura, os profissionais estão expostos a perigos nas ruas, por ambos os lados, o dos bandidos e dos policiais corruptos. Os jornalistas devem cobrir os fatos de acordo com informações verdadeiras, devem ter boas fontes e evitar a utilização de palavras de baixo calão. É sempre bom lembrar que tanto a vítima quanto o acusado têm família e uma história de vida. Deve ser evitado também a simples cópia do boletim de ocorrência divulgado pela polícia, e transformar o fato em uma verdadeira reportagem. Nos jornais sensacionalistas tem grande destaque e, às vezes, acaba se misturando com a editoria de cidades, como quando da cobertura de um crime. Um exemplo recente seria o "caso Isabella"."

Cristina Luckner, Jornalista do grupo Abril